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A importância da atuação feminina nas equipes de robótica

Neste Dia Internacional das Mulheres, Caroline Nanami Oshikawa Kanashiro fala sobre o número de meninas nas competições

08/03/2024

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O interesse das estudantes pela robótica tem crescido de forma notável. Para se ter uma ideia, no Festival Sesi de Educação 2024, do total de competidores, elas somaram 45%.

Na categoria FLL, eram mais meninas do que meninos – 51%; na FTC, 41%; na FRC 40%; e a F1 in Schools foi a categoria com 49% de meninas. Curiosamente, a Fórmula 1 não tem pilotas em um grandprix desde o século passado. Isso porque somente duas mulheres italianas participaram de corridas oficiais do esporte: Maria Theresa de Filippis correu pela Maserati na temporada 1958-59 e Lella Lombardi defendeu a Williams entre 1974 e 1976.

Caroline Nanami Oshikawa Kanashiro, 18 anos, foi uma das competidoras de F1 in Schools nessa temporada. Ela concluiu o Ensino Médio e, por isso, o Festival Sesi de Educação foi a última participação dela como membro da Escuderia Tupã, da Escola Sesi de Referência da Indústria de São José dos Pinhais.

Na equipe, ela atuou como responsável pelo design, identidade, marketing e projeto social. Ao longo dos três anos como membro da Escuderia Tupã, Caroline também acompanhou uma mudança de cenário. “Na maioria das vezes, havia pouca presença feminina na robótica, principalmente por causa da associação dessas atividades ao universo masculino. Porém, testemunhei uma mudança gradual. É gratificante perceber que, nas seletivas para ingressar nas equipes de robótica, o interesse feminino tem aumentado. E isso é extraordinário”, diz.

Caroline tem convicção da importância da diversidade em equipe. “A diversidade, seja em gênero, etnia ou crenças, enriquece não apenas o aprendizado acadêmico, mas também a vida como um todo, ao aprendermos a lidar com as diferenças e a valorizar cada detalhe.”

Representatividade

A Escuderia Tupã criou o projeto social Aiyra, com o objetivo de despertar o interesse de crianças pela programação por meio do ensino da lógica de programação. Caroline foi a responsável por ilustrar um material didático produzido para o projeto, com uma personagem feminina justamente para atrair, conectar e dar mais representatividade às meninas. “Ver esse projeto sair do papel e impactar diversas crianças, com sonhos acadêmicos cada vez mais fantásticos, é extremamente gratificante”, afirma.

Recentemente, Caroline iniciou a graduação em Design e Comunicações. Ela quer ser ilustradora de materiais didáticos, mas também quer continuar apoiando as equipes de robótica. “Acredito que o caminho que abri, dedicando-me diariamente, ainda terá muitos frutos no futuro.”