Bate-papo - LIQUENS: Performance e Seus Territórios

O processo de criação se iniciou com uma série de experiências durante viagens à Índia, desde uma enfermidade curada em leitos hospitalares, o acompanhamentos de rituais de cremação, até o contato com o trabalho familiar e as técnicas tradicionais de tingimento, situações vivenciadas e presenciadas pelas artistas. Nessa itinerância por tantos lugares, a própria ideia de leitos vai se traduzir em metáforas para os segredos do corpo ou em sentidos como o raio de luz e a direção do vento. A somatória dessas significações aponta para trajetos em que a percepção do espaço surge na relação com a amplitude e a velocidade.

Laura Miranda e Mônica Infante trabalham juntas desde a década de 1990. Em sua pesquisa investigam as fronteiras entre o que se convencionou chamar artes visuais, dança e performance. Desde então as artistas compartilham de práticas corporais como a Técnica Alexander (educação somática) e o KI-Aikidô (arte marcial japonesa), as quais têm em comum o trabalho com a energia vital e a unificação corpo/mente. Laura Miranda e Mônica Infante vêm participando de mostras, eventos e projetos no Brasil, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, Portugal, Índia e Japão.