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A partir da afirmação de Lacan da obra de arte como contorno do vazio, passamos a investigar os efeitos de sujeito que podem surgir daí- desse contemporâneo que se esquiva, desse tempo não-tempo, que escorre pelas mãos e que dele só podemos sentir ou tocar os efeitos. Há algo da arte contemporânea e do sujeito da psicanálise que se enlaçam a partir desse vazio – dessas miragens do informe, dessas obras inacabadas, pulsações e inconsistências. Se podemos pensar o contemporâneo como aquilo que se mostra enquanto puro impasse atualizado por esses efeitos, poderemos também pensar suas consequências no processo de criação na arte e na própria análise como um entrechoque onde o que se dá não é mais o sentido, mas lampejos de sentido que nos alojam e desalojam em seguida- um tempo pulverizado que se mostra por seus resíduos, por suas perdas, entre buracos e que incide no sujeito de maneira absolutamente singular. A partir do vazio, muito se tem inventado na arte contemporânea. Um vazio potente e que pode nos transmitir muito sobre o essencial da vida, o vazio que é contornado pela mais radical experiência de criação – a arte.
| Bate-Papo: Questões Sobre o Vazio na Arte Contemporânea | |
| Data: | Sexta-feira, 31 de outubro |
| Horário: | 19h30 |
| Local: | Centro Cultural Sesi Heitor Stockler de França Avenida Marechal Floriano Peixoto, 458, Centro | Curitiba |
| Telefone: | (41) 3322-2111 |
| Com: | Bia Dias |
| Vagas: | Sujeito à lotação do espaço |
Bia Dias: psicanalista lacaniana, pós-graduada em história da arte, coordenadora do núcleo de investigação em arte e psicanálise do Instituto Figueiredo Ferraz e pesquisadora em estudos contemporâneos das artes na Universidade Federal Fluminense.