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28/02/2014

Letizia Russo

Ministrante convidada
clique para ampliar>clique para ampliarLetizia Russo (Foto: arquivo)

Letizia Russo inicia a sua atividade de dramaturga aos dezessete anos com o texto Diálogo fra Pulcinella e Gesù (vencedor do concurso Grizane Cavour-Grizan escritura, que dará origem, em 2000, a Niente e Nessuno). Mas é com Tomba di Cani, peça que lhe valeria, em 2001, o prêmio Tondelli, e em 2003, o prêmio Ubu de revelação do ano, que a dramaturga italiana atinge o reconhecimento da crítica nacional.

Em 2002, escreve Asfissia, peça encomendada pelo Festival di Candoni- Arta Terme, e um conjunto de peças radiofônicas (I Conigli Sulla Luna, Lo Spirito Nell’acqua, La Via Del Maré, Qoèlet, Kilmainam Gaol) transmitidas pela RAI13.

A passagem pelo Royal Court Theatre de Londres em 2002, onde participou na International Residency organizada por este teatro e a escritura de Binário Morto em 2004, encomendada pelo Festival NT Connections do National Theatre  de Londres constituíram dois momentos decisivos para a sua projeção internacional.

Então segue sua carreira com a escrita de Babel (2004) com estreia no Teatro dei Rinnovati de Nápoles, Primo Amore (2005), com estreia no Festival Garofano Verde, em Roma, ambos encenados por Paolo Zuccari, e Edeyen (2005) apresentado no festival de Ortiga (Siracusa, Sicília), numa encenação de Fausto Russo Alesi.

A obra de Letizia Russo chega pela primeira vez aos palcos portugueses em Julho de 2004, durante o Festival de Almada, onde a companhia Artistas Unidos apresentou leituras dramáticas de Binário Morto (Fim de Linha), e excertos de Tomba di Cani (Túmulo de Cães), ambas com tradução de Pedro Marques. Entre 2004 e 2005, Letizia Russo é escritora residente nos Artistas Unidos, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Desta experiência viriam a resultar dois textos: Poesia sem título (2005), texto curto incluído no espectáculo Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices – espetáculo de homenagem a Harold Pinter – e Os Animais Domésticos (que começou por se chamar Gente de Lisboa e se apresenta como um fresco sobre Lisboa, com histórias e cerca de vinte personagens que se cruzam e entrelaçam), ambos encenados por Jorge Silva Melo e apresentados  no Teatro Nacional D. Maria II, em 2005. Durante este período, Letizia Russo dedicou-se também à tradução para português de textos curtos de autores italianos contemporâneos (A Coxa vai parir mas o bebé quer lá saber de nascer de António Tarantino, A Terra vista do mar de Davide Enia e O Envelope de Spiro Scimone), todos incluídos no espetáculo Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices e publicados na colecção Livrinhos de Teatro (Artistas Unidos / Livros Cotovia, 2005).

Recentemente, o projeto PANOS – palcos novos novas palavras, da Culturgest que, à semelhança do programa Connections do National Theatre de Londres, procura juntar a nova dramaturgia e o teatro escolar /juvenil, incluía, na sua terceira edição (Maio de 2008) o texto Fim de Linha da dramaturga italiana, publicado num volume que inclui ainda textos do britânico Dennis Kelly e das portuguesas Patrícia Portela e Luísa Costa Gomes (Culturgest, 2008).

            Como professora Letizia ensinou dramaturgia entre 2006 e 2008 na Scuola Holden de Turin. De 2008 á 2009 foi tutora de dramaturgia na academia de Teatro Paolo Grassi de Milão.

Oferece regularmente laboratórios de escrita e dramaturgia na Itália e no exterior.

Em  2010 esteve em São Paulo desenvolvendo a oficina: A fantasia exata.

Em 2011 e 2012, no espaço Compost na cidade de Prato,  manteve o Laboratório de escrita, estudo e pesquisa para o aprofundamento dramaturgico.

Em 2013  esteve na Romênia desenvolvendo a oficina A Targu Mures, no Teatro Nacional.

No Presente momento conduz com Fausto Paravidino, o laboratório permanente de dramaturgia Crisi,  no Teatro Valle Occupato em Roma.

Textos Publicados

 - Babel, tradução de Pedro Marques, in Artistas Unidos Revista, nº11, Julho, Lisboa, Artistas Unidos / Livros Cotovia, 2004.

- Os Animais Domésticos, Túmulo de Cães, traduções de Jorge Silva Melo, José Lima, Pedro Marques, Livrinhos de Teatro, nº10, Lisboa, Artistas Unidos /Livros Cotovia,2005.

-Poesia sem títu lo, tradução de Jorge Silva Melo, in AA.VV, Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices, Livrinhos de Teatro, número especial, Lisboa, Artistas Unidos / Livros Cotovia, 2005.

- Tomba di cani-Babale-Binario morto-Primo amore-Edeyen. Published by Ubulibri, 2007.

- Fim de Linha, tradução de Pedro Marques, in AA.VV, PANOS, Palcos novos palavras novas, Lisboa, Culturgest.que suoi testi è stata pubblicata da Ubulibri,2008.

Bibliografia Crítica Selecionada

CAETANO, Maria João (2005a), “Os Animais Domésticos somos nós”, Diário de Notícias, suplemento “Artes”, 22 de Setembro.

FRATUS, Tiziano (2005b), “Cinco actos de um teatro da matéria e da morte por Letizia Russo”, in Artistas Unidos Revista, nº 14, Novembro, pp. 2-10.

FRATUS, Tiziano (2004c), “A língua que queima – novas dialécticas teatrais na dramaturgia contemporânea italiana”, in Artistas Unidos Revista, nº11, Julho, pp. 142-144.

FRAZÃO, Francisco (2008), “Introdução”, in AA.VV, PANOS, Palcos novos palavras novas, Lisboa, Culturgest, pp. 9-13.

QUADRI, Franco (2004a), “A dramaturgia em Itália e a língua”, in Artistas Unidos Revista, nº11, Julho, pp. 2-7.

SILVA MELO, Jorge (2005b), “Em carne viva, Os Animais Domésticos – A cicatriz do meu lado”, in Artistas Unidos Revista, nº 14, Novembro, pp. 12-27.

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