02/03/2020 - Atualizado em 25/09/2020

Divisórias para desabrigados e telhas de cortiça: conheça projetos desenvolvidos por estudantes do Colégio Sesi

Cinco projetos foram selecionados para participar da etapa nacional da FLL, torneio de robótica que demanda soluções para cidades mais sustentáveis e acessíveis

As enchentes afetam, segundo a ONG World Resources Institute (WRI), mais de 20 milhões de pessoas ao redor do mundo. Pensando nas pessoas desabrigadas, um grupo de estudantes do Colégio Sesi Rio Negro, no Paraná, desenvolveu divisórias feitas de material sustentável e de fácil montagem para dar conforto a famílias que precisam de alojamento no pós-enchente. A iniciativa consiste em uma divisória naval de fibra de eucalipto e chuveiros pré-moldados, que levam cerca de uma hora e meia para serem montados.

O projeto foi desenvolvido para participar do torneio de robótica First Lego League (FLL), que nesta edição teve como proposta desenvolver cidades melhores, mais inteligentes, acessíveis e sustentáveis. Foram 28 equipes do Colégio Sesi do Paraná competindo e equipes de outras instituições. Nove delas foram classificadas para a etapa nacional, que acontecerá entre os dias 7 e 8 de março em São Paulo. “No Colégio Sesi, nossa metodologia busca o desenvolvimento de competências técnicas e socioemocionais que os estudantes precisarão no mundo do trabalho. Em projetos como a FLL, os alunos buscam soluções para problemas reais, gerando novos produtos ou a melhoria de processos já implantados”, explica Vanessa Frason, gerente de Educação Profissional do Sistema Fiep.

Já o grupo Black Ops Rollmops do Colégio Sesi da CIC, em Curitiba, desenvolveu uma telha feita de cortiça e fibra de vidro para ajudar as pessoas com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) e TEA (Transtorno do Espectro Autista). “Nosso projeto leva em consideração que as pessoas com estes transtornos sofrem com alterações sensoriais. Assim, nossa telha é isolante acústico e térmica, diminui sons externos e é 8 vezes mais leve que uma telha convencional”, explica Sofia Guimarães Locovictz, estudante do grupo. “Essa produção visa contribuir efetivamente na geração de novas e melhores oportunidades para a indústria brasileira e para o desenvolvimento do nosso país”, afirma Vanessa Frason.

 

Como funciona a FLL

Nesta edição da FLL, a temática City Shaper propõe que estudantes do Colégio Sesi, colégios públicos e privados identifiquem soluções para ajudar a construir cidades cada vez melhores. Com equipes com idades entre 9 e 16 anos, os alunos têm dois objetivos principais: construir um robô autônomo, explorando conceitos de engenharia e desenvolver um projeto de pesquisa dentro da temática. Também são avaliadas habilidades como trabalho em grupo, espírito esportivo e inovação. Nesta edição, foram 44 equipes participantes do Paraná, entre Colégio Sesi e grupos externos.

 

First Tech Challenge (FTC)

Nos mesmos dias da FLL, acontecerá o First Tech Challenge (FTC) etapa nacional. Na sua primeira edição, a FTC propõe que os times de alunos de 12 a 18 anos desenvolvam robôs, que marcam pontos por cumprirem missões transportando materiais e construindo arranha-céus em um confronto frente-a-frente. Os robôs deverão ser guiados por controle remoto e trabalhar de forma autônoma, com ajuda de sensores e movimentos pré-programados.