Notícias
Imagine que você é o oceano. O que diria para convencer a humanidade a cuidar de você? Essa foi a
proposta do 54º Concurso Internacional de Redação de Cartas, promovido pelos Correios. E foi justamente
ao entrar nesse personagem que Maria Eduarda de Almeida, do 1º ano do ensino médio do Colégio Sesi da Indústria
do Boqueirão, venceu a etapa estadual do Paraná com uma carta leve, bem-humorada, mas repleta de consciência
ambiental.
Criatividade que emerge em equipe
Com apenas duas aulas dedicadas à atividade, as turmas da manhã e da tarde mergulharam na proposta com
apoio dos professores e da metodologia ativa do Sesi. A produção foi feita individualmente, mas em um ambiente
que estimula o diálogo.
“A interação em equipe faz a diferença, um dá ideia pro outro. É uma troca.
O diferencial da carta dela foi justamente fugir do senso comum e tratar o tema com humor”, avalia Elizangela Francisca
da Luz, professora orientadora.
O “Willy Wonka” da natureza
Na carta vencedora, Maria Eduarda escreve como se fosse o próprio oceano. Logo na introdução, ela
define o mar como o “Willy Wonka da natureza” e manda um recado direto ao ser humano:
“Eu sou muito mais que aquele lugar fotogênico para selfies, viu? Sou o lar de milhares de espécies
que você talvez nunca tenha ouvido falar, e algumas delas, inclusive, bem mais interessantes que seu peixe de aquário.”
O texto é cheio de metáforas inteligentes, críticas bem colocadas e até um toque de ironia
sobre o consumo desenfreado: “Estou começando a achar que a maior invasão alienígena não
vem de outros planetas, mas sim da quantidade de garrafas PET que você joga fora.”
Educação que forma protagonistas
Maria Eduarda atribui parte do sucesso da sua carta à relação próxima com os professores:
“Os professores me ajudaram muito. Conversavam comigo, me incentivavam. Aqui no Sesi é assim: eles ajudam a gente
como se fossem família.”
Essa é a essência da proposta do Colégio Sesi: oferecer uma educação que vai além
do conteúdo tradicional. Com oficinas de aprendizagem, cultura maker, iniciação científica e projetos
interdisciplinares, os alunos desenvolvem autonomia, empatia, criatividade e consciência social — tudo que Maria
traduziu em palavras.