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Construir para aprender

A robótica educacional vai muito além de montar e programar robôs. Ela forma mentes criativas, colaborativas e preparadas para resolver os desafios do futuro

16/04/2025

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Em um mundo cada vez mais dinâmico e tecnológico, preparar os estudantes para os desafios do futuro vai muito além do conteúdo tradicional. É preciso desenvolver competências que integrem raciocínio lógico, criatividade, resolução de problemas e trabalho em equipe. É justamente nesse cenário que a robótica educacional se destaca como uma poderosa aliada da aprendizagem.

O que é robótica educacional?
A robótica na educação é uma abordagem pedagógica que utiliza componentes tecnológicos — como sensores, motores e controladores — para que os alunos construam e programem soluções práticas. Mas mais importante do que os robôs em si é o processo: os estudantes são levados a pensar, testar, errar e recomeçar. Aprendem fazendo, com base em projetos que exigem planejamento, colaboração e muita imaginação.

Inspirada por pensadores como Seymour Papert, criador do conceito de “construcionismo”, a robótica educacional entende que o conhecimento é construído ativamente pelo aluno, especialmente quando ele está engajado em criar algo significativo. “As crianças aprendem melhor quando estão ativamente envolvidas na construção de algo que tenha significado para elas”, defendia Papert.

Preparando para o futuro
Mais do que formar programadores, a robótica educacional desenvolve pessoas preparadas para lidar com a complexidade do mundo contemporâneo. Ao construir um robô, o aluno ativa múltiplas áreas do cérebro: pensa matematicamente, raciocina logicamente, resolve conflitos e ainda lida com questões éticas e sociais.

Essa vivência prepara os jovens para profissões que ainda nem existem, mas que exigirão flexibilidade, pensamento crítico e inovação. Em um mercado cada vez mais automatizado, o diferencial humano estará justamente nas habilidades que a robótica ajuda a cultivar.

Muito além da técnica: as soft skills
Montar um robô é um ótimo exercício de lógica. Mas colaborar com colegas, ouvir ideias diferentes, adaptar projetos sob pressão e apresentar resultados com clareza desenvolve o que chamamos de soft skills — competências socioemocionais que são cada vez mais valorizadas em qualquer carreira.

Entre elas estão:
✔ Comunicação eficaz

✔ Resolução de conflitos

✔ Resiliência frente aos erros

✔ Empatia e colaboração

✔ Organização e responsabilidade

Essas habilidades são lapidadas a cada projeto de robótica, transformando o aprendizado em uma jornada de autoconhecimento e crescimento.

Cultura maker: aprender fazendo
A robótica também faz parte de um movimento mais amplo: a cultura maker, que valoriza o aprendizado ativo, a experimentação e o protagonismo. Em vez de decorar respostas, o aluno é convidado a criar suas próprias soluções. Ele sai do papel de espectador e assume o lugar de autor, explorando a tecnologia como ferramenta de expressão e transformação.

Nos laboratórios maker do ColégioSesi, os estudantes descobrem o prazer de construir com as próprias mãos, testando ideias, superando obstáculos e ampliando os próprios limites. É o ambiente perfeito para que a robótica floresça com sentido e propósito.

Muito mais que robôs
A robótica educacional é, acima de tudo, uma forma de desenvolver pessoas completas: curiosas, criativas, críticas e colaborativas. Ao unir tecnologia, inovação e valores humanos, ela transforma a sala de aula em um espaço de descobertas reais.
No Sesi, robótica é mais que conteúdo — é vivência, desafio e preparação para a vida.

E, com isso, todos ganham: os alunos, a escola, a indústria e a sociedade.