Dia Mundial da Saúde: como melhorar a saúde dos colaboradores

Data reforça importância da atenção ao tema, estratégico para as empresas

06/04/2023

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No dia 7 de abril comemora-se o Dia Mundial da Saúde. Sob o ângulo do trabalho, o assunto é estratégico e impacta diretamente no dia a dia da operação e resultados das empresas.

No Paraná, segundo o IBGE, a expectativa de vida era de 78,5 anos em 2021 - valor acima da média nacional. As principais causas de morte no estado são doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças crônicas respiratórias e diabetes. “Assim, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são agentes importantes para o adoecimento e óbito da população”, afirma Guilherme Murta, médico do trabalho do Sesi Paraná.

Segundo uma pesquisa conduzida pelo Ministério da Saúde em 2021 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2021) em Curitiba, por exemplo, 55,3% da população tem excesso de peso e apenas 37,5% de adultos praticam atividades físicas no tempo livre.

“Isso quer dizer que se a população adotasse hábitos mais saudáveis - como alimentação saudável e não ser sedentária - poderia potencialmente evitar o adoecimento e todas suas consequências”, complementa o médico.

A saúde mental também merece atenção especial. De acordo com pesquisa realizada pelo governo brasileiro, em 2021, 11,3% da população tem diagnóstico médico de depressão. Além disso, a OMS (2019) apontou que o país ocupa a primeira posição no que se refere à ansiedade. A pandemia de COVID-19 foi fator importante para contribuir com a elevação de 25% nos casos de depressão e ansiedade.

Reflexo na Indústria

O cenário global da saúde se reflete também no trabalho. Em 2021, por exemplo, mais de 200 mil trabalhadores foram afastados por doenças mentais no Brasil. Ainda em relação a transtornos mentais, segundo a FIEMG, problemas psicológicos causaram o equivalente a perda de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o que significa R$ 282 bilhões.

“O adoecimento, além de influenciar a saúde e sofrimento das pessoas, que é incalculável, ainda tem reflexos em prejuízos de produtividade, absenteísmo e custos adicionais com planos de saúde”, destaca o médico. Apenas considerando este último dado, estima-se que o plano de saúde represente em média 13% da folha de pagamento da indústria brasileira.

Segundo Guilherme, a solução é anterior ao aparecimento do problema. “É necessário ver a saúde globalmente adotando atitudes saudáveis com o corpo e com a mente, antes de adoecer”, afirma. “O ponto de partida é a empresa inserir o tema de saúde efetivamente no planejamento estratégico e então traçar planos de ação, com apoio de profissionais técnicos, com priorização de atuação. Há várias formas de contribuir com este cenário, desde campanhas e palestras informativas, até programas estruturados que abordem as atitudes preventivas e terapêuticas de maneira precoce. Esta abordagem é centrada em incentivar o cuidado adequado aos trabalhadores que tem doença crônica instalada para evitar maiores complicações”, ressalta.

As ações de promoção da saúde e prevenção de doenças tem papel fundamental como tema estratégico. “Elas têm impacto positivo na qualidade vida e produtividade dos colaboradores, além de redução do índice de afastamento e licença médica”, finaliza.

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