O amarelo é de alerta

Maio chega para chamar a atenção para os acidentes de trânsito e o Sesi, para ajudar a preveni-los

02/05/2022

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Há oito anos, o movimento Maio Amarelo foi lançado para fomentar ações entre o poder público, privado e sociedade civil para discutir a segurança viária para reduzir os acidentes e mortes no trânsito. A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu maio por ter sido quando foi definida a Década de Ação para Segurança no Trânsito, em 2011. Assim como nos semáforos, o amarelo vem para chamar a atenção para o tema.

De acordo com o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (RENAEST), em 2021 houve quase 880 mil registros de acidentes de trânsito no Brasil e mais de 20 mil mortes.

Além disso, dos cerca de um a cada cinco acidentes de trabalho registrados por ano no Brasil – são 500 mil no total – ocorre no trajeto casa-trabalho-casa. Ou seja, mais de 100 mil acidentes por ano, abrangendo as diversas modalidades de transporte. Nesses índices, há um número elevado de vítimas fatais, de afastamentos por lesões e de aposentadoria por invalidez, que afetam diretamente o desenvolvimento humano e social do país, além do funcionamento do setor produtivo.

Foi por isso que o Sesi Paraná, em parceria com o Centro Internacional de Formação de Autoridades e Líderes (CIFAL Curitiba) e o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), realizou o estudo “A Caminho do Trabalho: uma pesquisa sobre acidentes de trajeto no setor industrial do Paraná”. O objetivo é mapear informações para instrução de diretrizes e políticas de redução dos acidentes de trajeto.

A pesquisa foi lançada em maio de 2021 e durante nove meses, gestores de 215 empresas (64% delas de médio ou grande porte e 35% micro ou pequenas), localizadas em 60 municípios do Paraná, responderam a um questionário abordando os modos de transporte utilizados na companhia, uso de empresa terceirizada de transporte, números e características das vítimas e dias de afastamento relacionados a acidentes de trajeto ocorridos com os colaboradores. Também foram avaliadas, informações sobre políticas das empresas e eventual realização de campanhas de sensibilização.

A partir dos resultados, foram apontados caminhos para diminuir os índices:

  • Realização de campanhas de sensibilização, principalmente com foco, em colaboradores mais jovens, do sexo masculino e com menos tempo de empresa.
  • Suporte e orientação para micro e pequenas empresas no desenvolvimento de ações de sensibilização.
  • Incentivo à oferta de sistema de transporte coletivo por ônibus.
  • Incentivo ao uso do transporte público.
  • Ações de sensibilização voltadas para motociclistas e ciclistas.
  • Estímulo e/ou facilitação do acesso à vestimenta retrorreflexiva para ciclistas e motociclistas.
  • Estímulo ao uso de adesivos retrorreflexivos nas motocicletas, bicicletas e capacetes.
  • Estímulo ou facilitação de acesso de capacetes aos ciclistas.
  • Realização de iniciativas de orientação às empresas para o registro de informações sobre acidentes.
  • Alternância entre jornadas presencial e remota para os casos em que não há prejuízo laboral.

Para conhecer a pesquisa na íntegra, acesse sesipr.com.br/segurancaviaria.

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