Alunos do Colégio Sesi da Indústria da Cidade Industrial de Curitiba estão participando da XI edição do Caça Asteroides promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o International Astronomical Search Collaboration (IASC) da Nasa, que tem por objetivo fornecer dados astronômicos de alta qualidade para cientistas cidadãos em todo o mundo.
A cada mês acontece uma campanha. Nesse período, as equipes voltam seus olhos para as estrelas, em busca de asteroides ainda desconhecidos. O Caça Asteroides é realizado por meio de uma plataforma do IASC/Nasa Partner que fornecerá imagens captadas por um telescópio de 1,8 metro pertencente à Universidade do Havaí. Essas imagens são analisadas pelo software Astrometrica, disponível para download na página do IASC. As imagens são distribuídas e as equipes devem analisar, identificar e enviar os relatórios dos possíveis asteroides ou objetos próximos à Terra.
Na campanha entre julho e agosto, 18 alunos da unidade CIC participaram. Entre eles, Lucas de Oliveira Machado e João Augusto Fracaro, do 1º e 3º anos do Ensino Médio, respectivamente. Os alunos integram o Clube de Astronomia do Colégio Sesi da Indústria e detectaram quatro asteroides no processo da campanha.
“O Caça Asteroides foi uma experiência totalmente diferente de tudo que eu já passei e foi incrível, pois aprendemos muitas coisas sobre os asteroides, principalmente de como caçar eles. Confesso que no início tive muito receio de não conseguir, por ser algo muito complicado. Mas, com os materiais de leitura e videoaulas, consegui absorver o conteúdo muito bem”, afirma Lucas.
Para João Augusto, o Clube de Astronomia teve um importante papel no decorrer da campanha. “O Clube foi de grande ajuda, pois me apresentou essa oportunidade e me ajudou a tirar a maioria das dúvidas que tive, além de me proporcionar momentos incrivelmente divertidos, com todos, juntos, caçando asteroides”, diz.
Segundo a orientadora pedagógica da unidade, Greice Kelli Penkal de Souza, os dados coletados pelos alunos serão analisados e validados por astrônomos profissionais. “A partir disso, nossos alunos poderão ter em seus currículos a detecção dos asteroides e poderão nomeá-los.” O retorno do IASC sobre o desempenho dos alunos pode levar de seis meses a um ano.
Na próxima campanha, que começa em setembro, o Colégio vai participar com seis alunos do Clube, liderados pela professora Luianne Rodrigues dos Santos. Dessa vez, Lucas e João têm altas expectativas por já terem olhares treinados para encontrar novos asteroides.