O consórcio composto pelas empresas CR Almeida e JMalucelli firmou uma parceria com o Sesi, por meio das Redes de Desenvolvimento Local, para promover o desenvolvimento social no entorno da obra do viaduto estaiado, na Avenida das Torres, em Curitiba.

clique para ampliar Para Eduardo Silva, agente de desenvolvimento das comunidades do entorno da obra, os moradores sabem da necessidade de melhorar o trânsito nos bairros (Foto: Divulgação)

O projeto da prefeitura de Curitiba, operado pelas construtoras, terá grande contribuição para diminuir os problemas ocasionados pelo trânsito na região. Amenizar os impactos da construção e melhorar a qualidade de vida da população são os principais objetivos da parceria, já que as obras estão mudando a rotina dos moradores dos bairros Guabirotuba, Jardim das Américas e Uberaba.

Após a conclusão do viaduto estaiado, projeto que faz parte do PAC da Mobilidade (Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal), o trânsito na região deixará de ter alto índice de congestionamento. Para reduzir os impactos, a parceria pretende fortalecer a comunidade que compreende os bairros Guabirotuba, Jardim das Américas e Uberaba. O agente de desenvolvimento local que está articulando e mobilizando as comunidades já fez um mapeamento das necessidades da região.

“Queremos deixar uma comunidade articulada e mobilizada, fazer com que ela cresça junto com a obra. O principal é o respeito com os moradores que estão no entorno”, afirma Soraia Melchioretto, coordenadora das Redes de Desenvolvimento Local. O trabalho de fortalecimento dos moradores já é realizado pelo Sesi em outros bairros pelo Paraná, e a parceria com o consórcio pretende trazer a base da metodologia utilizada pela Rede para minimizar os impactos causados pela obra. “O transtorno provocado pela construção é momentâneo, mas o resultado final vai ser bom para todos. É importante deixar um legado para a comunidade, deixando-a empoderada e fortalecida”, conclui Soraia.

Denise Erthal, diretora do Instituto CR Almeida, explica que a relação com a comunidade é fundamental para um bom desenvolvimento da obra. “Nós podemos fortalecer as instituições carentes e tentar suprir algumas necessidades do local, sempre respeitando as particularidades de cada bairro”, disse. Fabiana Gonçalves, gerente de RH da JMalucelli, afirma que a melhoria no relacionamento com os moradores é uma necessidade. “As pessoas nos trazem questões para discutirmos; é muito bom, fortalece os moradores da região”, disse. Parcerias com associações de moradores também podem ser feitas para ouvir a comunidade e valorizar o relacionamento.

Cidadãos participativos.

Um ponto forte do projeto é ampliar o canal de comunicação com os moradores impactados, ouvindo os problemas e tentando solucioná-los. A conscientização dos benefícios que a obra trará e as possíveis mudanças ocasionadas nos bairros são fundamentais para o bom andamento da construção. Para Luiz Dario Millani, engenheiro responsável pela construção, o crescimento da comunidade é importante para uma boa relação durante a obra. “Temos que pensar também nas pessoas que convivem com os problemas, promover o crescimento do bairro e melhorar a qualidade de vida”, explica Millani.

A parceria do consórcio CR Almeida/JMalucelli com o Sesi mostra que o desenvolvimento estrutural de uma região deve caminhar junto com o social. Para Eduardo Silva, agente de desenvolvimento das comunidades do entorno da obra, os moradores sabem da necessidade de melhorar o trânsito nos bairros. “A maioria é a favor da construção, entendem que é necessário e sabem que a estrutura deve ser melhorada para o trânsito fluir melhor”, explica.