Guita Soifer não teme a solidão, este colossal monstro moderno, pois está aberta a absorver o que
Merleau-Ponty, ao se debruçar sobre a vida e obra de Cézanne, chamou de “liberdade do solitário”.
Seja nos livros que devora ou nas palestras e conferências que costuma frequentar, Guita é solidária à
solidão e como quem não quer nada, consegue a façanha de transfigurar emoções em significados
palpáveis em tudo o que produz.
Com uma carreira sólida e repleta de conquistas, Guita Soifer é
hoje uma das grandes referências da arte paranaense. Para o crítico de arte Paulo Herkenhoff, por exemplo, ela
está “entre aqueles artistas para os quais fazer, construir e pensar se equivalem”.
Dona de vasto
currículo, trabalha com gravura, pintura, desenho, fotografia, vídeo-arte. Teve sua obra apresentada por críticos
de arte como Adalice Araújo, Agnaldo Farias, Ennio Marques Ferreira, Nilza Procopiak, Olívio Tavares de Araújo,
José Castello, além de ser admirada por diversos artistas.
Tenho o costume de dizer, talvez até
à exaustão, que a arte preenche os cantos da alma com a beleza emprestada. E os trabalhos de Guita, frutos do
seu ímpeto na busca de algo que a linguagem sozinha não alcança, emprestam beleza à alma do mundo.
O que aguarda o público nessa retrospectiva são verdadeiras pulsações estéticas. Basta
se deixar envolver pela experiência do toque e da observação.
⏰ 01.10 a 30.10 | das 14h às 21h
📌 Centro Cultural Sistema Fiep (Black Box) - Dr.
Celso Charuri | Rua Paula Gomes, 270